Saiba como operar vendido e aprenda a lucrar com a queda do mercado

Pontos-chave:

  • Operar vendido é o termo usado pelos traders que desejam ganhar com a queda do mercado, também conhecido como ‘short’ ou ‘venda a descoberto’.
  • A técnica de operar vendido consiste no trader vender o ativo que não possui para depois comprá-lo e lucrar com a queda do preço.
  • O aluguel de ações consiste em empréstimos de ativos, com o aceite de ambas as partes, a fim de que o tomador possa comercializá-los antes de devolver ao doador.
  • O mercado futuro também pode ser uma opção para o investidor obter lucro na baixa através da venda de contratos.

Você sabia que pode ganhar dinheiro no mercado de capitais mesmo quando ele está em queda? Esta técnica chama-se operar vendido e muitos traders utilizam esta metodologia para ampliar os seus lucros. Para entender como ganhar na baixa, é preciso também compreender o conceito de aluguel de ações, contratos futuros e como operar vendido na prática. Neste processo, a utilização de um robô pode mitigar os riscos deste tipo de operação e oferecer outras vantagens ao trader. Continue a leitura e tenha todas as informações para que você também possa melhorar sua performance trade e ter retornos lucrativos em momentos de alta volatilidade e mercados em baixa.

O que é o aluguel de ações?

É possível investir e ter retornos ao acreditar em uma tendência de baixa no mercado. Para isto, o aluguel de ações é uma operação devidamente regulamentada e que pode viabilizar lucros ao trader. 

Esta modalidade constitui-se no aluguel do ativo por determinado período e depois vendê-lo com intenção de lucro. Esta operação é mais comum ao day trade e quando trata-se de ações também é conhecida como ‘short’ ou ‘venda a descoberto’.

A intenção é que trader embolse um valor maior vendendo a ação no primeiro momento e em seguida comprando o mesmo ativo mais barato, isto se efetivamente a tendência de queda se concretizar. No aluguel de ações existem dois tipos de agentes inerentes a operação: 

  • Doador: este é o investidor que comprou os ativos e que os possui em sua custódia, ou seja, estão em sua carteira de investimento. É esta pessoa que irá alugar seus ativos para aqueles que desejam lucrar com a queda do mercado. A vantagem do doador é que ele continua com os mesmos direitos de acionista da companhia, inclusive permanece recebendo os dividendos. Pelo seu perfil, normalmente a estratégia é focar no médio/longo prazo, podendo desprender-se momentaneamente do seu ativo e ainda ter uma remuneração adicional.
  • Tomador: esta é a pessoa que tomou os ativos emprestados do doador, por isso possui o direito de vendê-los. A vantagem do tomador é a possibilidade de lucrar no mercado em baixa, mesmo sem possuir as ações, pagando uma taxa de aluguel. Na grande maioria das vezes, a estratégia do tomador está no curto/médio prazo com sua operação vendida e portanto são traders.

De acordo com a B3, no Brasil, são considerados como ativos passivos de aluguel de ações: ações, units (ativos compostos por mais de um tipo ou classe de valores mobiliários); Cotas de Fundos de Índices (ETFs); BDRs Patrocinados e BDRs Não Patrocinados Nível I. Necessariamente, é preciso que a operação seja intermediada por uma corretora.

Como operar vendido na prática com o aluguel de ações?

Como a expectativa do trader é que o preço do ativo caia, o lucro deverá ser menor do que seu preço de venda. Para melhor compreensão, veja o exemplo a seguir:

O trader vendeu 100 ações (1 lote) de uma empresa no valor de R$ 10,00 por ação, isto quer dizer que ele recebeu R$ 1.000,00 (R$10,00×100). Após algum tempo, o preço das ações caíram para R$ 5,00 e o trader volta a procurar pelo mesmo lote de ações, pagando desta vez o montante de R$500,00 (R$ 5,00 x 100). Assim, ao encerrar sua operação vendida, o trader  embolsará seu lucro de R$ 500,00 e ainda estará com a mesma quantidade de ativo inicial.

É importante dizer que há chances que “operar vendido” resulte em prejuízos caso a previsão de queda não se confirme. Para isto, cada vez é mais importante saber interpretar gráficos, analisar dados e configurar robôs traders de acordo com os objetivos, pois soluções automatizadas podem minimizar erros e trazer insights mais rápidos, afinal uma tendência de baixa pode não se confirmar.

Especificamente, com um robô é possível que o trader defina stops, ou seja, limites de quanto ele está disposto a ganhar ou a perder em cada operação. Desta maneira, operar vendido passa a ser uma tomada de decisão cada vez mais profissional e assertiva, sem necessariamente ser uma aposta pessoal do trader, o que reduz as chances de prejuízo.

Quais são os custos para operar vendido ?

Como em qualquer tipo de aluguel, quem aluga ações precisa pagar uma taxa para o doador, isto é, aquele que disponibiliza a ação para o aluguel. O valor dessa taxa oscila de acordo com a oferta e demanda: quanto maior a oferta de aluguel, menor o preço e vice-versa. Por isso, ativos mais líquidos (com maior volume de negociação) costumam ter taxas de aluguel menores.

 Além disso, para operar vendido é obrigatório realizar uma margem de garantia para a B3 que varia de acordo com o ativo que será negociado,  que pode ser um depósito a vista na corretora, um título público ou ações. Esta quantia será devolvida ao trader assim que ele encerrar sua operação vendida. Caso ele não honre com o pagamento, os ativos deixados de margem de garantia serão liquidados. Se a intenção de alugar as ações for para um período maior que um dia, será necessário uma taxa chamada BTC, além dos custos de impostos e corretagens que são usualmente aplicados nestas operações.

Contratos futuros também podem ser uma via para lucrar com a queda do mercado

Além de poder operar vendido em ações, o mercado futuro pode se tornar uma alternativa muito atrativa durante os momentos de baixa. Isto porque as negociações do ativo acontecem via contratos, com preços acertados previamente e data de liquidação agendada, oferecendo assim oportunidades de lucro.

A venda de futuros pode se basear nos contratos cheios ou mini-contratos que são negociados na B3 (Ibovespa e dólar) e que atendem diretamente as ordens do investidor via intermediação da corretora.  Nesta operação, o trader não precisa desembolsar nenhum valor no ato da compra, somente disponibilizando a margem de garantia exigida. Desta forma, é uma opção acessível com menor exposição ao risco. A  alta liquidez é outra característica dos contratos futuros, evitando assim grandes perdas com slippage e risco de liquidez. 

Habitualmente alguns traders utilizam a venda de futuros como forma de proteção, o conhecido ‘hedge’ de sua carteira de ações. Ao afirmarmos que um trader está comprado em ações brasileiras mas ao mesmo tempo está vendido em mini contratos de ibovespa, ele está hedgeado, isso significa que o trader está protegendo o prejuízo de seus ativos com o mercado em baixa através dos ganhos com o mini contrato futuro.

A venda de futuros pode ser usada também para alavancar os ganhos usando a especulação, como no exemplo a seguir: um trader pode estar vendido em ações ou em mini contratos de dólar. Ao acreditar em uma tendência de queda, o trader busca ganhos no mercado futuro através da venda de contratos. A ideia é a mesma do aluguel de ações: ao projetar uma baixa, um contrato de futuro poderá ser vendido com valor maior do que será adquirido mais para frente, resultando assim em lucro. O risco maior fica por conta do ajuste diário, em que a parte perdedora paga a parte vencedora (se o mercado cai, comprados pagam vendidos, se o mercado sobre, vendidos pagam comprados) todos os dias, diferentemente do aluguel de ações quando ocorre somente na liquidação. 

A utilização de um robô permite mitigar os riscos dos processos, além de garantir a agilidade necessária que esta operação necessita. Estar posicionado no tempo errado pode acarretar grandes prejuízos aos traders e o robô traz toda a automatização e expertise neste tipo de estratégia, sendo excelente para montar posições vendidas em contratos futuros e ações.

Dica Smartt

Vale a pena dizer que a queda do mercado também propicia compras de ativo com valores reduzidos, prática recomendada principalmente para quem é um investidor de swing trade e pode esperar para ter melhores retornos de seus investimentos. Já para o day trade, a modalidade de operar vendido é uma ótima estratégia para lucrar com a baixa em curto prazo. Fazendo o manejo de maneira correta, principalmente usando o stop loss, o risco será mitigado.

Para quem opta por configurar um robô é indiferente estar comprado (apostar na alta do ativo) ou estar vendido (apostar na queda do ativo). Além disso, sua automação reduz os riscos e pode lhe ajudar numa estratégia menos intuitiva e mais tática, seja no aluguel de ações ou nas operações no mercado futuro. Não se esqueça dos custos envolvidos e garantias que são exigidos. A euforia dos ativos vão e vem, para se ter uma atuação cada vez profissional ao trade, é preciso se amparar em técnicas e soluções cada vez mais inovadoras. SmarttBot: nossa tecnologia às suas ordens!